Acará Disco



Nome Científico:
Symphysodon aequifasciatus


Nome Popular:
Acará Disco, Disco


Família:
Cichlidae

Distribuição:
Bacia do Rio Amazonas.


pH:
Não gosta de extremos, vivendo melhor em faixas mais próximas do neutro, de 6,2 à 7,3.


Temperatura:
26 à 30°C


Tamanho adulto:
Por volta dos 20cm.

Sociabilidade:
São peixes relativamente tímidos, territoriais mas pacíficos, de hábitos cardumeiros não devem jamais ser mantido sós. De preferência sempre em grupos maiores de 5. quando mantido em dupla ou em trio, um tende a se tornar dominante, agredindo constantemente os demais ou ainda os isolando.Muito dificilmente incomodará outros habitantes, podendo no máximo devorar peixes muito pequenos e lentos com menos de 3 cm. Evite misturá-los a peixes muito rápidos (como Paulistinhas por exemplo) pois podem estressá-los.

Manutenção:
São peixes relativamente grandes quando adultos, porém elegantes. São fáceis de manter quando tem suas necessidades supridas, porém são frágeis a mudanças bruscas de pH, de temperatura e à taxas de compostos nitrogenados, como amônia e nitrito. São ótimos peixes para plantados pois são coloridos e não atacam plantas. Os exemplares criados em cativeiro são notavelmente mais resistente que os capturados.

Zona do aquário:
São peixes relativamente ativos mas lentos, que nadam por todo aquário, sem nenhuma zona preferencial.

Aquário mínimo:
Para um grupo de 5 indivíduos um aquário comunitário, a partir de 300L.

Alimentação:
Espécie onívora com predileção por alimentos vivos. Aceita bem alimentos industrializados como em flocos e em pellets, mas é essencial para seu bom desenvolvimento a oferta regular de alimentos vivos, ou ao menos congelados. É recomendável oferecer semanalmente rações à base de vegetais para realçar naturalmente as cores dos peixes, principalmente o azul. Alimentos a base de carne e proteína animal, devem ser ofertados moderadamente, sabido que em excesso, podem ocasionar distúrbios digestivos, pois as proteínas não são facilmente digeridas em seu sistema digestivo.

Características:
Espécie indicadas para aquaristas intermediários ou com uma boa experiência, pois não é muito fácil de manter e exige cuidados especiais em relação aos demais peixes ornamentais, bem como um tanque melhor preparado. Costuma ficar escondido quando intimidado ou ainda não adaptado ao aquário, não gosta de correnteza muito forte nem muita iluminação, já que é originário de águas calmas e sombrias.

Existe muita confusão entre essa espécie e o Disco Heckel (Symphysodon discus). São espécies diferentes, com exigências diferentes. Apesar de encontrarmos ambos selvagens, apenas o segundo é conhecido como Acará Disco Selvagem, que é mais exigente e mais sensível que o Symphysodon aequifasciatus.

O Symphysodon aequifasciatus se adapta muito bem em pH levemente alcalino e possui inúmeras variantes desenvolvidas em cativeiro. Tais variantes são em quantidade tão grande que seria necessário um aquário gigantesco para manter apenas uma de cada: Pigeon, Malboro, Leopard, Diamond, Checkerboard, Golden, Mosaico, Sunrise, Melão, Turquesa, SnakeSkin etc. Além das diferentes nuances ou diferentes padrões de cor que existem dentre dessas variantes.

Um detalhe interessante é que a espécie aequifasciatus possui 3 subespécies (geralmente as encontradas nas lojas sob esses nomes são selvagens): Disco Castanho/Marrom (Symphysodon aequifasciatus axelrodi), possui corpo castanho amarelado com a cabeça cheia de estrias azuladas; Disco Verde/Green (Symphysodon aequifasciatus aequifasciata), possui corpo esverdeado cheio de estrias azul-esverdeadas; Disco Azul/Blue (Symphysodon aequifasciatus haraldi), possui corpo azul-esverdeado, com forte estrias azuis na cabeça, no dorso e nas nadadeiras. Lembrando que são subespécies e não variantes desenvolvidas por aquaristas.



Reprodução:
Ovípara, é uma espécie monogâmica (o casal uma vez formado é para a vida toda). E pode ocorrer com relativa facilidade, mesmo em aquários comunitários. O Casal escolhe um local mais escondido do aquário, geralmente as extremidades direita ou esquerda, em um local liso e vertical (como rochas, troncos, folhas de plantas como Anúbias e Amazonenses ou mesmo no vidro). A fêmea deposita os ovos e o macho os fecunda. Ambos se revezam nos cuidados com os ovos, até que os mesmos eclodem (geralmente em 72 horas). Nas primeiras semanas os filhotes se alimentarão de plâncton e de um muco especial produzido pela pele dos pais (algo como o leite materno nos mamíferos). Quando perceber que os alevinos estão um pouco maiores, deve-se oferecer náuplios de artêmias e ração para alevinos. Uma alternativa é moer muito finamente a ração que é dada aos adultos. A diferenciação sexual é muito difícil, melhor é esperar que o casal se forme naturalmente dentro de um cardume.



Ficha por:
Mateus Camboim
Foto por:
Mateus Camboim, Bats e Bruno Zosco
Colaborador:
Nélio Júnior